quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Será que buscamos realmente um amor?...

Com o crescimento da internet foram criados novos sites de buscas de namoro.

Num primeiro momento é possível que a diversidade de sites nos traga um alento maior, um conforto e uma esperança maior de encontrar uma pessoa especial de acordo com os seus sonhos mais secretos.
Foi assim comigo, porém com o passar do tempo o que pude perceber que as coisas não são bem assim. É verdade que o leque de oportunidades aumenta e tem-se a impressão que as oportunidades também. Percebi que assim como eu muitos amigos também tiveram essa falsa impressão. Resumidamente, o cadastro num desses sites funciona assim:
· Você se descreve e envia uma foto sua
· E descreve também as características da pessoa que procura
Até aí parece genial.... Porém a "experiência" com esses sites me leva a crer que muitas, mais muitas pessoas mesmo não estão querendo encontrar uma pessoa, mas sim um príncipe. Lá você descreve seu par como se fosse um produto e não uma pessoa. Descreve as qualidades físicas e morais que gostaria de ter como se fosse necessário encontrar tantas virtudes numa única pessoa e como se estivéssemos esquecendo que como humanos temos momentos de crise, instabilidades emocionais e não somos 100% super homens.
Já li tantas coisas que só Deus mesmo para entender. Um dia recusaram um maior contato porque não era magro, oura vezes um fofinho lindo me disse que procurava alguém mais gordo. Certa vez me disseram que queriam alguém que fosse liso sem pêlos. Hoje em dia por questão de higiene e estética sempre depilo os pêlos do peito e adivinha...Um rapaz me disse que procurava homens peludos.
Enfim, as exigências são tão fúteis e inúteis. Não somos pessoas com história, sentimentos, valores pessoais, morais, desejos, alegrias, frustrações, mas sim temos que ser o objeto de desejo de alguém. E assim como as pessoas estivessem a disposição como num mercado de corpos, caso não dê certo aqui o cara muda de site ou corre atrás da próxima vítima. Afinal, o "mercado" (sites e pessoas) é muito grande.
Mas será que o amor é isso? Será que não estamos tratando e sendo tratados não como pessoas mais sim como objetos de prazer e escravos das minhas próprias exigências ou um empregado dos meus caprichos? Engraçado, mas parece que as tentativas de romance são cada vez mais reduzido a ponto de assemelhar-se a um processo de seleção no qual vamos passando por várias entrevistas, vários quesitos e várias etapas...Será que estamos esquecendo que amar é fazer alguém feliz? E não que esse alguém é um objeto que me dê aquilo que eu não tenho?
Está na hora de refletir pois estamos num mercado, não somos pessoas mais sim produtos. Não temos qualidades e características, preenchemos ou não pré-requisitos de pessoas egoístas e egocêntricas. Não somos seres humanos mais sim uma série de descrições
Ora, amigos, peço que reavaliem suas posturas. Isso ao invés de ajudar tem sim contribuído pra que muitos amigos tenham sua auto-estima arranhada e reduzida a quase nada.
Você é alguém importante, tem suas características, seus sonhos, suas histórias, seus desejos, suas vitórias, sua beleza, sua graça, seu humor, seus talentos, suas preferências, seu gênio, seu temperamento, sua ideologia, e não uma foto com algumas descrições como num catálogo de uma hipermercado.
Dê-se valor. Você tem valor. E bembre-se: um mundo melhor com mais paz, mais igualdade mais amor começa primeiro dentro de cada um de nós

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