terça-feira, 20 de setembro de 2011

Depoimento de pais e mães...

Depoimento de pais e mães...

que tem filhos homossexuais!

Nesta seção você encontrará depoimentos de pais e mães de gays e lésbicas. Ideal para que outros pais e mães, que possuem tantas dúvidas, possam se identificar com o tema e perceber, com o tempo, que suas angústias e sentimentos de culpa são totalmente desnecessários.
Declaração de amor de uma mãe a sua filha lésbica
por Rose, mãe da Rafaella
Tenho três filhos maravilhosos. Ser mãe é um estado de graça, é oportunidade para vencer barreiras, romper preconceitos e lapidar o ser. É reflexo da alma que respira a essência da vida.
A condição de maternidade é livre de qualquer padrão, de qualquer critério imposto pela sociedade, pois os filhos são aceitos na sua totalidade, na sua integral condição de vida e independe de como eles vão agir, pensar, de sua profissão, suas escolhas, dos caminhos que irão trilhar, se seu sexo é de homem ou de mulher.
Sei que sou mãe e cumpro esse papel com amor, carinho e respeito. A homossexualidade de minha filha mais velha me faz sentir e pensar que sou privilegiada, como mãe de alguém especial, que trás no íntimo de seu ser uma alma feminina capaz de amar e de doar-se inteiramente ao outro. Minha filha simplesmente ama e no âmago de seu ser não importa que sua namorada é alguém do mesmo sexo, mas alguém capaz de retribuir seu afeto.
O sofrimento vem de fora, quando se depara com a intolerância e, muitas vezes dentro do próprio ambiente familiar. Mas uma mãe guerreira luta pela felicidade de seus filhos, mesmo que para alcançar esse ideal ela tenha que gritar para a sociedade: “Meu filho é gay, mas ama e é amado, nada mais importa”.
Erika, mãe do Sillas

Meu nome é Érica tenho 41 anos, até os 18 anos ele era uma coisa, depois mudou completamente, sempre foi responsável e não gostava de sair namorar e casar nem pensar. Sobre filhos, ele preferia ter periquitos. E eu nunca entendia.
Quando começou fazer supletivo, tinha algumas amigas que eu tratava mal, até sugeri que namorasse, e eu ele não queria em hipótese alguma. Eu tinha uma cantina dentro da academia que ele trabalhava e várias garotas davam encima dele e não tinha qualquer reação por parte dele.
Um determinado dia, fui á casa da minha filha e junto ao meu genro, falei a eles que estava pensando que o Sillas era gay. O genro indignado achou improvável e ainda disse que ele se chatearia muito, ele não queria que ela perguntasse. Fiquei martelando isso por 1 mês, sem tocar no assunto com ele.
Uns dias antes do aniversario dele ele, veio em casa um amigo dele, até então normal, porém do dia do aniversário, o “amigo” lhe deu uma caixa de bombom e pra mim aquilo foi a confirmação do que estava imaginando.
Eu desconfiada, ou melhor praticamente com a certeza de que meus pensamentos eram verdade, na festa de aniversário, sugeri que uma amiga dele namorasse o seu “amigo” Heron, para ver onde aquela história iria chegar. Quando a garota disse que seria impossível, pois não era bem daquilo que ele gostava.
Comecei a juntar as coisas, primeiro a caixa de bombom, depois que segundo a garota não era bem disso que o Heron gostava, e o Sillas não queria saber de namorar. Foi quando, depois de alguns dias, tomei coragem e perguntei à ele se o Heron era gay e a resposta foi afirmativa. A partir de então questionei se ele estava andando com pessoas desse tipo, e meu filho disse que sim. Mais do que de pressa ele questionou se eu tinha algo contra e disse que não, já com outra pergunta, se ELE tinha.
Depois de ficar nessa imparcialidade de quem era ou não contra, tomei coragem de perguntar se ele também era e a resposta: SOU !
Naquele momento, o mundo desabou sobre mim, porém não demonstrei e nem podia que isso estava acontecendo, pois uma coisa é saber que o filho dos outros é gay e é MUITO diferente saber que SEU filho é gay. É uma situação dolorosa, porém que você tem que aprende à aceitar e conviver.
Depois de alguns dias, comecei a questionar algumas coisas, assim como seu papel na cama, se era ativo ou passivo, que para eu ele sendo ativo, ainda havia uma esperança e se fosse passivo não, porém na época ele não quis me responder à esta pergunta, pois dentro de mim essa resposta tinha uma grande importância.
No dia seguinte, fui até a casa da minha filha afirmando que o Sillas era gay, ela não concordando com meus pensamentos relutou, até que eu disse que havia ouvido dele., porém meu genro também não acreditando e eu novamente afirmei ELE É gay.
Depois de algumas horas, cheguei até minha mãe e disse que o Sillas era gay e para minha supersa ela disse: “E o que é que tem?” Foi onde parei e analise, vendo a idade avançada de minha mãe e sua plena aceitação do neto, porque eu como mãe não aceitaria já que nunca fui contra.
Foi onde mudei minha posição, me aproximando mais dos amigos dele, para entender melhor e hoje eu aceito ele numa boa. É preferível se aproximar e conviver com os gays, do que estar no meio de drogados, eu creio que realmente o pai e a mãe tem que aceitar e agradeço diariamente à Deus por ter um filho gay e não marginal.
No futuro eu desejo para o meu filho, que ele encontre uma pessoa e seja muito feliz e para eu ficar mais feliz ainda, que ele adote uma criança e o dentro da minha possibilidade, farei tudo para ver ele e o parceiro dele feliz.

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