terça-feira, 7 de junho de 2011

Os Extremos do Amor e do Ódio...


Sempre fiquei confuso com as brigas que os casais travam na justiça dizendo “isso aqui é meu”, “isso aqui não é seu”,  “foi eu quem construí” e “só eu tenho direito nisso”. Tudo isso é medonho, viver num mundo onde precisamos de advogados, é medonho. Esquecer toda uma vida que foi construida junto com outra pessoa e lavar roupa suja num tribunal, é algo lamentável, mas quando as situações são levadas nas ultimas consequências e o bom senso não prevalece, é a única alternativa que nos restam.

Não entendo o porque algumas pessoas permanecem juntas por tanto tempo, é algo insano. Será despeito? Vejo tantos casais, que estão juntos há 30, 40 anos e que o amor se perdeu pelo caminho. Onde foi parar esse amor? Onde se perderam as juras de amor que foram feitas na presença de amigos e entes querido? Tudo isso me leva a acreditar que os nossos modelos sociais estão falidos e vivemos num comportamento condicionado, aprendido e repetido ao longo dos tempos.

Por 7 anos, jurei que amava uma pessoa que estava ao meu lado, hoje me pergunto: Onde foi parar esse amor? Porque fiquei tanto tempo com um pessoa que hoje – se não fosse por algumas pendências – não representa nada pra mim. Acredito que nos inflamamos com as relações sociais, com mecanismos que tem por finalidade doutrinar o ser humano, estabelecendo valores sociais que na realidade não faz parte da natureza humana.
A gente destrói aquilo que mais ama
Em campo aberto, ou numa emboscada;
Alguns com a leveza do carinho
Outros com a dureza da palavra;
Os covardes destroem com um beijo
Os valentes destroem com a espada.
Mas a gente sempre destrói aquilo que mais ama.
O amor e o ódio caminham juntos e nem sempre é uma via de mão dupla, muitos dizem que são dois extremos e que na verdade são os mesmos sentimentos. Se assim for: não é “natural” amar e nem odiar. Dizem que a sabedoria está no meio. Entre o amor e o ódio, temos que encontrar um meio terno para não sobrecarregarmos os extremos, caso contrário, destruiremos o que – na verdade -  mais amamos.

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