quinta-feira, 27 de agosto de 2009

De repente, Califórnia: sol conflitos e muito amor


Prova de que gays estão caminhando firmemente à integração à sociedade em geral? Surgirem mais e mais comédias românticas a respeito do amor entre homossexuais. Passar de uma fase de histórias apenas cheias de violência e finais tristes para outra com mais diversidade de enredos mostra um passo além. De Repente, Califórnia (Shelter), produção americana que está em cartaz em Brasília, é um exemplar típico de uma Sessão da Tarde para gays e representa bem esse momento mais livre.


O cenário é bonito: praias. As personagens recebem a mesma qualificação. Coloque um jovem em sua auto-descoberta e um impedimento ao amor, e todos os ingredientes para um bonita história romântica estarão presentes. O rapaz em questão é Zach, personagem de Trevor Wright, que tenta esquecer seus sonhos em nome da ajuda à famíila, inclusive criando o sobrinho para tentar suprir a displicência da irmã.


Transtornando essa triste mesmice, o escritor Shaun chega ao local, conhece Zach, viram amigos, falam de arte e daí... E daí é o que você está pensando. E tudo se intensifica. Vêm mais cenas engraçadas com base no conflto entre o mundo machista do surf e a homossexualidade, e os dramas vão mais fundo, inclusive com a questão da paternidade gay fortemente tocada. Resta saber se o sol continuará a brilhar.


: : Brasil ganha selo de distribuição GLS


Ainda falando de novos momentos, De Repente, Califórnia, dirigido e escrito por Jonah Markowitz, é o filme que marca a nova empreitada do grupo Mix Brasil, que inclui, dentre muitas coisas, site de mesmo nome e a revista bimestral Junior. É distribuidora Filmes do Mix, chefiada por Suzy Capó.O caminho até o lançamento da distribuidora foi solidamente pavimentado pelos 16 anos do Festival Mix Brasil da Diversidade Sexual, um dos mais importantes do mundo com esse foco.De Repente, Califórnia, com certeza, não foi escolhido por acaso para o debut da nova empresa. A produção foi eleita como a melhor pelo público no festival de 2007.Enfim, já que a cidadania e a visibilidade LGBT têm muito a ver com o mercado pelo poder deste de influenciar valores, que possamos cada vez mais nos ver e sermos vistos na telona.

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