terça-feira, 7 de julho de 2009

EXISTE EX-GAY?...2ª parte


Este é um ponto. Outro ponto é a variável da sexualidade humana.
Conceitos como homossexual, bissexual ou heterossexual foram criados para classificarmos a orientação sexual. Mas ela não é fixa, rígida ou invariável. Ela pode ser mutável. E muito. Por exemplo, hoje um homem casado com uma mulher pode se sentir atraído por outros homens. Assim como sua esposa pode se sentir atraída por outras mulheres em determinado momento de sua vida. Se isso acontecer e um dos dois assumir uma identidade homossexual, podemos dizer que eles agora são “ex-heterossexuais”.

O mesmo vale o inverso.
Um homossexual pode, em determinado momento de sua vida, se sentir atraído por alguém do sexo oposto naturalmente, isto é, sem ter nenhum conflito com a condeção histórica e religiosa da homossexualidade lhe perturbando a mente. E assim se considerar um “ex-homossexual”. Sem achar que isso foi uma cura, uma conversão ou uma reviravolta a “vida normal”. Afinal, a homossexualidade hoje em dia também entra dentro do padrão da normalidade.

Neste ponto de vista, ex-gays e ex-heterossexuais, assim como ex-ex-gays e ex-ex-heterossexuais, também podem existir como identidade criada. Mas também não podem permanecer rígidas. Por exemplo, um ex-gay, que agora é heterossexual, não pode dizer que jamais sentirá novamente desejos sexuais por pessoas do mesmo sexo. Muitos acreditam que não. Se ele já provou algum dia terá no mínimo uma tendência bissexual. O mesmo acontece com um ex-hétero. O que se sabe é que a orientação, por si só, pode ou não ser mudada ao longo da vida. E se ela for mudada, a mudança partirá do íntimo de cada um, isto é, de dentro para fora (e não por terceiros). Existe também aqueles em que a orientação nunca mudará. São pessoas que nascem, crescem e morrem apenas com uma única orientação sexual durante toda a sua vida, sendo totalmente homossexual, heterossexual ou bissexual.

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