O número de evangélicos cresce no Brasil, mas não há todo esse poder
de mobilização apregoado pelos pastores. A conclusão é da pesquisadora
Maria das Dores Campos Machado, da Universidade Federal do Rio de
Janeiro.
Em entrevista ao jornalista Roldão Arruda, do site de O Estado de S.
Paulo, a estudiosa fala sobre a relação entre evangélicos e poder
político. São feitas análises importantes para nós LGBT.
A primeira é que realmente os pastores têm ocupado cada vez mais
espaço no universo político e nas relações com os poderes executivos.
Entretanto, não haveria tanta capacidade de mobilização e de engajamento
apregoada pelos líderes como forma de mostrar seu pretenso poder.
Diz ela: “Os grandes templos que estão sendo construídos, as
catedrais evangélicas. Assim como as catedrais católicas da Idade Média,
elas têm um efeito espetacular, mas, se você entrar, verá grandes
espaços vazios, não utilizados.”
Maria também cita o fato de a Marcha para Jesus não reunir milhões,
mas milhares de pessoas – assim como ocorreria com a parada LGBT – e o
crescimento de evangélicos não ligados a igrejas, os quais, inclusive,
flexibilizariam muitos dogmas religiosos.
Veja entrevista aqui.
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