sábado, 3 de dezembro de 2011

Grandes empresas e governos apostam em mercado LGBT...


O pink money (dinheiro cor-de-rosa) tem força, mas é preciso trabalhar de forma estratégica e verdadeira para obtê-lo. Essa idéia pontuou muitas falas de empresários e especialistas em mercado arco-íris que participaram do Expo Business LGBT Mercosul, realizado no sábado 23 em São Paulo.
As áreas de atuação de alguns expositores dão mostra do quanto serviços e produtos voltados a LGBT têm se diversificado: companhia aérea, sabonetes, sites de compra coletiva, editoras, computação, boate, hotel e, claro, destinos turísticos.
Dentro dessa última categoria, destaque para os governos da Argentina, Uruguai e Pernambuco, que mostraram o que têm para agradar ao turista arco-íris. O maior estande e um dos mais visitados foi o da companhia aérea Delta Airlines.
Em sua fala, o diretor da empresa para o Brasil, Luiz Teixeira, disse que receber o LGBT não é benéfico para a companhia apenas pela questão financeira mais direta. “Esse segmento é tão exigente que, para atendê-lo, precisamos evoluir sempre. E isso faz a Delta Airlines avançar como um todo.”
Presente no evento com um estande, a rede de hotéis e resorts Golden Tulip, que possui duas unidades em Brasília, também quer mostrar a LGBT que são bem-vindos, explica o executivo de contas da rede Wilson Vilela. “Vamos trabalhar mais e mais para que esse público veja que atuamos em cada detalhe para que ele tenha ótimas experiências em nossos hotéis.”
A conquista do público LGBT começa em casa, ou melhor, na própria empresa. Um dos exemplos é a Dell Computadores, que possui um grupo interno de respeito à diversidade LGBT, o Pride.
O coordenador do grupo no Brasil, Angelo Rosa, explicou alguns tipos de ações que são feitas. “Orientamos os funcionários, por exemplo, a não supor que nenhum colega de trabalho é heterossexual. É errado dizer convidar um homem e a esposa dele para um evento sem saber que ele é hétero. Ele pode ser gay!”
Dentre as palestras, uma decretava já no título: “Não existe mercado gay”. Então o evento como um todo não tinha sentido? O pink money não existe? Pelo contrário. O palestrante Tom Roth, da empresa americana Community Marketing, explicou que, na verdade, o que existe é o mercado LGBT, segmentado dentro do segmento.
“É um grande erro imaginar que todos os gays são iguais ou que lésbicas não mereçam produtos e serviços personalizados. Há gays jovens, mais idosos, brancos, negros… Deve-se conhecer bem cada segmento e saber como cativá-lo.”

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