sábado, 10 de setembro de 2011

Está aberta a temporada de caça ao Bambi ...

Desesperados por companhia e sexo fácil, muitos gays acabam entregando seus corpos para homens errados, no lugar errado e da maneira errada. A frustração depois do prazer geralmente é insuportável. Mas muitos não têm sequer a chance de sofrer mais uma desilusão. Pois simplesmente não acordam no dia seguinte. Estão mortos.
Assistindo a um programa na TV, fiquei chocado ao me deparar com a história de mais um gay que havia sido morto por causa dos seus bens materiais. Vasculhando na Internet, encontrei uma porção de artigos relatando a morte de gays - muitas delas realizadas com extrema violência - por motivos cretinos, materialistas, às vezes por ninharia.
Quando nos deparamos com acontecimentos desse gênero, é natural que fiquemos revolta dos. E logo tratamos de pedir a cabeça desses marginais que nos atacam, exigindo justiça, cadeia e o “scambau”!
Mas, para variar, são poucos os gays que conseguem controlar o ímpeto de uma pseudo- transa perfeita, pensando que naquela sala de bate-papo, depois de trocar três minutos de palavras com um sujeito qualquer, a biba aflora toda sua vida pessoal e já passa imediatamente todas as informações necessárias para o bofe em questão “fazer o serviço”.
E isso não é balela não. Eu mesmo fiz o teste. Entrei numa sala com o sugestivo nick: loiro_ativo_21cm; separei uma foto de um sujeito qualquer (lindão, gostosão, perfeitão e... inexistente), criei um endereço  fake para o MSN e, em menos de meia hora, eu já havia marcado encontro com 8, isso mesmo, OITO sujeitos!

 Nesses trinta minutos eu já sabia tudo sobre a vida de cada um, inclusive tinha os números de seus celulares, números dos telefones residenciais e profissionais, marca de seus carros, bairros onde moravam, fotos de rosto, corpo, familiares, cachorros e, em três casos, endereço completo (já que esses moravam sozinhos).Se eu fosse um marginal, bastaria contactar um “parceiro”, ir ao local dos encontros e “fazer
a limpa” numa noite que prometia altos lucros!
Você tá chocado? Eu também fiquei.
Quando me identifiquei, dizendo que eu não era o tal loiro “ativasso”, que eu estava fazendo uma pesquisa para um artigo, convidei essas pessoas para me conhecer realmente, através do
meu site. Alguns se sentiram revoltados, feridos, enganados. Nem adiantou passar meus con- selhos de segurança e bom senso para educá-los e ensiná-los a se proteger. Sumiram da sala,
mas antes me chamaram de nomes super amáveis.
Já os que sobraram, compreenderam o quanto estavam sendo negligentes. Aceitaram minha amizade e passamos longas e agradáveis horas discutindo justamente esse grave proble-
ma que muitos sofrem e poucos sabem como se cuidar.
O motivo principal que leva um gay a se entregar assim, de mão beijada a homens de péssimas intenções, é a eterna porra da carência. A maioria sente falta do carinho, do sexo, de um simples momento de intimidade. Acham que basta o sujeito do outro lado da tela ser um tantico carinhoso, atencioso, “compreensível” e pronto... meio caminho andado para abrirem as pernas, a carteira e a porta do apartamento.
   O mesmo acontece no Orkut, onde fervilham perfis de bibas-antas que desabrocham todo o seu poderio econômico e sua ostentação. Elas não se contentam somente em mostrar as melhores fotos da última viagem a Paris. Não, elas ainda fazem questão de deixar o número do celular, a foto da fachada de suas deslumbrantes casas, a foto do carro (com o número na chapa bem nítido), a foto do local em que trabalham, a foto da mãezinha centenária que passa o dia todo sozinha em casa e, claro, um milhão de recados onde a cretina-retardada conta com riqueza de detalhes o seu dia-a-dia (locais que freqüenta, a que horas vai para a balada, quanto gastou com as amigas, com quem ficou, entre outros absurdos).    Daí uma infeliz dessa é encontrada morta, toda furada, toda irreconhecível, onde o corpo nu está apodrecendo a dias sobre lençóis de cetim carérrimos; aparece um dia no Linha Direta e no dia seguinte estamos nós aqui, equilibradas sobre nossos saltos, gritando aos quatro ventos, clamando por justiça e montando ONGs em defesa da nossa “minoria”.
Pois bem, o tom de revolta desse artigo é para te mostrar que, na grande maioria das vezes, somos nós mesmos que “procuramos” as companhias erradas. Encontramos um sujeito no banheiro público e nos encantamos com o dote que ele bimbola pra cá e prá lá e em cinco minutos estamos com o indivíduo dentro de nossas casas. Se a transa foi boa, ufa... agradecemos o Papi do Céu por mais uma aventura bem sucedida e no dia seguinte voltamos à caça no mesmo local, achando que jamais acontecerá conosco nada de ruim.    Estamos fazendo nosso cooper nos Ibirapueras da vida, e basta olhar um par de coxas
grossas sustentado glúteos suculentos e lá vamos nós “meter” no sujeito atrás de uma moita qualquer, sem sequer nos preocuparmos com nossa segurança física, nossa saúde, nosso lado
emocional... afinal, se o sujeito nos passar uma doença ou nos cobrir de porrada depois da gozada, o que vale é o momento, não é mesmo?   Entramos em um cinema de pegação no Centro de São Paulo e no anonimato proporcionado pela escuridão total caímos de boca em dezenas de pintos que disputam o direito de invadir nossas gargantas. Enquanto isso nossos corpos são acariciados por um batalhão de homens
sem rostos, e se nossa carteira é furtada ou nossa barriga é furada por uma faca ou estilete... tudo bem, pois o que vale FOI o momento, não é mesmo?
Então, meu caro, por favor, reveja suas atitudes perante suas aventuras. Veja o que você publica em seus perfis na Internet. Saiba o que você revela em suas conversas nas salas de bate-papo. Se marcar um encontro com alguém, pelo amor dos santos celestiais, encontre o sujeito num local público e se controle para não levar o dito cujo pra cama da tua casa logo no primeiro encontro.    Ligue para um amigo ou parente e avise que você está saindo, onde vai e com quem vai.Não fique ostentando por aí que você tem duzentos Audis na garagem e nem que sua mãe tem uma mansão no Guarujá, muito menos que você costuma passar seis meses do ano viajando pela Europa.    Não se cubra de ouro para encontrar um bofe estranho. Além de ser ridículo (quem é realmente alguém, não demonstra), você estará pondo em risco a sua integridade física.    Bom, eu poderia citar mais um milhão de conselhos, mas tenho certeza de que você não é um cara burro, portanto, se cuida.    Trepar sem compromisso é ótimo. Encontrar um bom companheiro, namorado, amante, etc é muito legal, mas entrar nessas furadas por causa do fogo no teu rabo ou na cabeça do teu pau, ora, convenhamos, alugue um filme, bata umas duzentas punhetas e tenha paciência, pois,
o que é seu (ou quem deve estar com você no momento certo) está definitivamente guardado e ninguém poderá interferir no seu destino, a não ser você mesmo.
   Se cuida, pois quero você VIVO!

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