domingo, 28 de agosto de 2011

Ser gay e ser feliz...

Ser gay não é fácil e nunca foi. Quando estudamos a história da humanidade tomamos conhecimento que o homossexual sempre foi mal compreendido, perseguido, discriminado e em caso extremo morto. Aliás, sabemos que no Brasil centenas são mortos anualmente por conta da ignorância humana e a intolerância. Cristãos, judeus, mulçumanos, monarcas, republicanos, ditadores, nazistas, fascistas e comunistas em menor ou maior grau, dependendo da época e do contexto histórico, perseguiram e perseguem os homossexuais. Portanto, o mundo está impreguinado de homofobia (horror ao homossexual) e continuará assim, ainda por longo período. Mas esta realidade irá mudar. E você poderá fazer a sua parte, basta descobrir uma forma. A mudança só virá, e ela vem ocorrendo principalmente nos últimos 30 anos, com a intervenção das pessoas mais interessadas nesta mudança, que são os próprios gays. Seja de forma coletiva ou individual o Ser gay irá impor-se na sociedade dos anos 2000. A grande dívida que a humanidade tem com o homossexual será reparada neste século.
A luta contra a discriminação por orientação sexual passa necessariamente por cinco pontos:
1. O avanço da ciência, que vem evidenciando que a orientação sexual tem uma base genética, portanto não é uma opção sexual como muitos insistem em afirmar. A ciência trará luz e iluminará muitas mentes (pais, educadores, formadores de opinião, políticos,etc) que por conta da sua formação cultural estão bloqueadas pela homofobia .
2- A organização da comunidade de gays, lésbicas, Bissexuais e Transgêneros através de associações aglutinando pessoas iguais e criando um espaço para discutir sua condição e definindo estratégias para intervir na sociedade, a exemplo da Parada de Orgulho gay organizada anualmente em São Paulo e em várias cidades, onde milhares de pessoas vão às ruas.
3- A intervenção parlamentar, legislando em defesa da diferença. Algumas conquistas já foram conseguidas no nosso país: Lei 10.948 do Deputado Renato Simões no Estado de São Paulo, etc.
4- A educação formal nas escolas. É necessário tirar milhares de professores da ignorância esclarecendo-os sobre questões ligadas a sexualidade e a orientação sexual, pois estes professores formarão as futuras gerações de cidadãos.
5- O combate ao preconceito no cotidiano. É o mínimo que cada um de nós podemos fazer. Manifestando-se a discriminação é necessário o posicionamento imediato, no ambiente de trabalho, familiar ou no convívio social em geral. Este posicionamento é muito importante, pois nós vamos combatendo a discriminação no dia a dia e enfraquecendo assim a homofobiana na sociedade. Colocações do tipo " Só podia ser viado mesmo", " Isto é coisa de bicha", "Olha a fulana é muito bacana, mas é sapatão, que pena, não podemos convidá-la para a festa vai pegar mal, não acham ?", "Tem que se ferrar mesmo, é bicha", "Ele é o melhor candidato para a vaga, mas olha só, é um viadinho. O outro é mais fraco mas pelo menos tem jeito de homem" e por aí vai. Neste momento temos o dever nos manifestar contra a discriminação rebatendo-a. Agindo assim, estamos evidenciando que existe uma força contrária a homofobia. É neste momento que temos que agir como o Rinoceronte, dócil enquanto não é provocado, mas ferroz quando provocado. O silêncio, como ocorre na maioria das vezes, só fortalece o preconceito e a discriminação
Penso que a ciência, em particular a genética, será a grande responsável pelo golpe de misericórdia na homofobia contribuindo para o entendimento do fenômeno da homossexualidade. A mais recente descoberta de cientistas da Univesidade do Oregon, EUA, (Folha de São Paulo 05.11.2002) indicam que carneiros que só copulam com outros machos têm uma estrutura cerebral diferente da de carneiros heterossexuais.

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